Alegrei-me quando me disseram: Vamos á casa do SENHOR.
Salmos 122:1

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

O PEIXE MORRE PELA BOCA, E OS HUMANOS TAMBÉM.


Por: Edimar Goulart Mariano 
Você sabia que, segundo prognósticos, nossos filhos viverão em média, 10 anos menos que nós? E quer saber a causa? Não é a violência, trânsito ou guerras, e sim os hábitos alimentares, isso mesmo, estamos morrendo pela boca
Ali, bem ali, na praça de alimentação dos shoppings, nossas crianças estão nas filas ávidas pelas novidades dos famosos fast foods. Arroz com feijão? Vixe! Nem pensar. Hambúrgueres, pizzas, fritas, milk shakes e refrigerantes para empanturrar nossos pequeninos. É disso que eles gostam. É isso que eles querem. É isso que os pais vão comprar. E muito disso se dá em razão de querer suprir uma ausência causada pela correria do dia a dia, onde trabalha-se demais, ganha-se muito dinheiro, mas somos incapazes de oferecer uns minutinhos de atenção, carinho e afeto aos nossos. Por isso alguém já disse que, têm pessoas tão pobres, que a única coisa que têm é dinheiro.
Uma coisa é certa, estamos morrendo aos milhares em razão da alimentação, seja pelo excesso ou pela falta do que comer.
Mas vamos nos ater ao excesso por enquanto. Nossa geração é uma geração moderna, que odeia o conservadorismo, e se intitulam progressistas, descolados, que julga como retrógrado praticamente tudo o que funcionava no passado. E isso está presente de uma forma muito marcante na educação dos filhos.
Os adultos modernos substituíram um passeio de bicicleta com os filhos por um videogame da hora. Trocaram uma partida de futebol com as crianças, por um ingresso no cinema com os amiguinhos. Uma tarde no parque correndo pra lá e pra cá, por um smartphone de última geração. Brincar lá fora, correr, sujar na lama e criar seus próprios brinquedos é coisa do passado, de uma geração obsoleta. Antigamente a crianças usavam o corpo para brincar, hoje senta-se numa confortável poltrona e passa o dia inteiro "se divertindo", mexendo mal os polegares.
Faça um teste, vá a um hortifrúti e leve algumas crianças “descoladas” e pergunte o nome das hortaliças, frutas e legumes, e depois me diga o resultado.
Agora com essas mesmas criaturinhas, vá à um local cheio de porcarias, digo, de alimentos industrializados e garanto que não precisará nem perguntar o que é ou se alguém conhece.
Pular corda, roubar bandeira, brincar de taco ou “betis” na região Norte, pião, futebol na rua de casa, diga isso e estará falando grego para a maioria das crianças de hoje.
E qual é o resultado disso tudo?
Segundo o IBGE, 33.5% das crianças brasileiras estão com sobrepeso ou obesas.
56% dos bebês com menos de um ano consomem refrigerantes, bebida com uma quantidade de açúcar absurdamente alta para os pequenos organismos.
Segundo o Dr Amélio F. de Godoy Matos, endocrinologista, as grandes pandemias atuais, tais como Diabetes, doenças cardiovasculares (maior causa de mortes no mundo atual), depressão, estresse e alguns tipos de câncer tem sua base no sobrepeso, ou seja, estão de alguma forma ligadas à questão da obesidade.
Segundo a ONU, no mundo morrem cerca de 24 mil pessoas de fome por dia, mais ou menos 9 milhões por ano, ao passo que um estudo global feito pelo Instituto de Métricas e Avaliação em Saúde (IHME, sigla em inglês) da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, mostrou que 2,2 bilhões de pessoas (30% da população mundial) têm sobrepeso ou obesidade. Veja o paradoxo! Milhões morrendo por não ter acesso à comida, enquanto que outros milhares estão morrendo por não saber se alimentar.
O Ministério da Saúde divulgou, em pesquisa recente, dados que revelam o aumento da obesidade no Brasil. Segundo o levantamento, uma em cada cinco pessoas no País está acima do peso. A prevalência da doença passou de 11,8%, em 2006, para 18,9%, em 2016.
A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) realizou uma análise em 27 países América Latina, e mostrou que o excesso de peso e a obesidade são responsáveis por cerca de 300 mil mortes por ano nessas nações, quase o dobro de mortes por assassinatos nessa mesma região.
De acordo com uma estimativa feita pelo Escritório Regional da FAO para América Latina e o Caribe, no Brasil, em 2015, foram registrados 62.818 homicídios, enquanto que 116.976 pessoas morreram devido às doenças causadas pela obesidade. Isso significa quase duas vezes mais mortes por excesso de peso do que por assassinatos.
O brasileiro reclama, com razão, do descaso do atendimento no SUS, pessoas morrendo nas filas dos hospitais por falta de atendimento adequado. Mas, muito dos nossos males tem um culpado principal, que somos nós mesmos. Quantas doenças poderiam ser evitadas se tivéssemos compromisso com nosso bem-estar? Qual cidadão dá importância à prevenção? Quem se preocupa com os exercícios físicos regulares? Quem opta por tomar água ao invés de refrigerante?
Você sabia que, se um cidadão tomar 1 latinha de refrigerante por dia durante 1 mês, ele terá consumido mais de 01KG de açúcar? Soma-se isso ao ano, ou durante uns 10 ou 15 anos pra ver o resultado absurdo de veneno que você estará ingerindo.
Enfim, as doenças causadas em razão da má alimentação impedem que milhares de pessoas tenham saúde e bem-estar, pois uma vida saudável depende em muito da nossa educação alimentar. Comece hoje. Comece agora a mudança na sua vida. Alimente-se com qualidade. Não caia nas armadilhas das propagandas que só visam o lucro, eles entendem de vendas e farão de tudo pra te convencer a comprar seus produtos, mas de boa alimentação é você quem tem a responsabilidade de entender, pois só assim poderá escolher o que é melhor para você e seus filhos.

REFERÊNCIAS 


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