Alegrei-me quando me disseram: Vamos á casa do SENHOR.
Salmos 122:1

quarta-feira, 31 de julho de 2013

GAYS X UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE


Reinaldo Azevedo defende Augustus Nicodemus Lopes, da Universidade Mackenzie
Autor: Julio Severo
 
Fonte: Blog Reinaldo Azevedo
22 de novembro de 2010
 Dias atrás, denunciei os ataques dos gayzistas à Universidade Mackenzie neste meu artigo “Palhaçada gay contra o Mackenzie”. Os ataques deles são tão absurdos que até mesmo aqueles que apoiam importantes pontos da agenda gay estão chocados com a ignorância da militância homossexual contra uma instituição evangélica. Reinaldo Azevedo, mesmo apoiando a união civil homossexual e adoção de crianças por duplas gays, classificou o PLC 122 de “aberração”. Leiam na íntegra o artigo abaixo.
 O AI-5 GAY JÁ COMEÇA A SATANIZAR PESSOAS; SE APROVADO, VAI PROVOCAR O CONTRÁRIO DO QUE PRETENDE: ACABARÁ ISOLANDO OS GAYS
 
Reinaldo Azevedo
 O reverendo Augustus Nicodemus Lopes, chanceler a Universidade Mackenzie — homem inteligente, capaz, disciplinado na sua fé e respeitador das leis do país; sim, eu o conheço — está sendo alvo de uma violenta campanha de difamação na Internet. Na próxima quarta, grupos gays anunciam um protesto nas imediações da universidade que ele dirige com zelo exemplar. Por quê? Ele teve a “ousadia”, vejam só, de publicar, num cantinho que lhe cabe no site da instituição trecho de uma resolução da Igreja Presbiteriana do Brasil contra a descriminação do aborto e contra aprovação do PL 122/2006 — a tal lei que criminaliza a homofobia (aqui). O texto nem era seu, mas do reverendo Roberto Brasileiro, presidente do Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil. A íntegra do documento está aqui. Pode-se ler lá o que segue:

“Quanto à chamada Lei da Homofobia, que parte do princípio que toda manifestação contrária à homossexualidade é homofóbica (…), a Igreja Presbiteriana do Brasil repudia a caracterização da expressão do ensino bíblico sobre a homossexualidade como sendo homofobia, ao mesmo tempo em que repudia qualquer forma de violência contra o ser humano criado à imagem de Deus, o que inclui homossexuais e quaisquer outros cidadãos”.

Respondam: o que há de errado ou discriminatório nesse texto? A PL 122 nem foi aprovada ainda, e as perseguições já começaram. Vamos tornar ainda mais séria essa conversa. Há gente que gosta das soluções simples e erradas para problemas difíceis. Eu estou aqui para mostrar que há coisas que, simples na aparência, são muito complicadas na essência. Afirmei certa feita que o verdadeiro negro do mundo era o branco, pobre, heterossexual e católico. Era um exagero, claro!, uma expressão de mordacidade. A minha ironia começa a se transformar numa referência da realidade. A PL 122 é flagrantemente inconstitucional; provocará, se aprovada, efeitos contrários àqueles pretendidos e agride a liberdade religiosa. É simples assim. Mas vamos por partes, complicando sempre, como anunciei.

Homofóbico?

Repudio o pensamento politicamente correto, porque burro, e o pensamento nem-nem — aquele da turma do “nem isso nem aquilo”. Não raro, é coisa de covardes, de quem quer ficar em cima do muro. Procuro ser claro sobre qualquer assunto. Leitores habituais deste blog já me deram algumas bordoadas porque não vejo nada de mal, por exemplo, na união civil de homossexuais — que não é “casamento”. Alguns diriam que penso coisa ainda “pior”: se tiverem condições materiais e psicológicas para tanto, e não havendo heterossexuais que o façam, acho aceitável que gays adotem crianças. Minhas opiniões nascem da convicção, que considero cientificamente embasada, de que “homossexualidade não pega”, isto é, nem é transmissível nem é “curável”. Não sendo uma “opção” (se fosse, todos escolheriam ser héteros), tampouco é uma doença. Mais: não me parece que a promiscuidade seja apanágio dos gays, em que pese a face visível de certas correntes contribuir para a má fama do conjunto.

“Que diabo de católico é você?”, podem indagar alguns. Um católico disciplinado. É o que eu penso, mas respeito e compreendo a posição da minha igreja. Tampouco acho que ela deva ficar mudando de idéia ao sabor da pressão deste ou daqueles grupos católicos. Disciplina e hierarquia são libertadoras e garantem o que tem de ser preservado. Não tentem ensinar a Igreja Católica a sobreviver. Ela sabe como fazer. Outra hora volto a esse particular. Não destaco as minhas opiniões “polêmicas” para evitar que me rotulem disso ou daquilo. Eu estou me lixando para o que pensam a meu respeito. Escrevo o que acho que tem de ser escrito.

Aberração e militância

Ter tais opiniões não me impede de considerar que o tal PL 122 é uma aberração, que busca criar uma categoria especial de pessoas. E aqui cabe uma pequena história. Tudo começou com o Projeto de Lei nº 5003/2001, na Câmara, de autoria da deputada Iara Bernardes, do PT. Ele alterava a Lei nº 7716, de 1989, que pune preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional (íntegra aqui) acrescentando ao texto a chamada discriminação de gênero. Para amenizar o caráter de “pogrom gay”, o senador Marcelo Crivella acrescentou também a discriminação contra idoso e contra deficientes como passível de punição. Só acrescentou absurdos novos.

Antes que me atenha a eles, algumas outras considerações. À esteira do ataque contra três rapazes perpetrados por cinco delinqüentes na Avenida Paulista, que deveriam estar recolhidos (já escrevi a respeito), grupos gays se manifestaram. E voltou a circular a tal informação de que o Brasil é o país que mais mata homossexuais no mundo. É mesmo? Este também é um dos países que mais matam heterossexuais no mundo!!! São 50 mil assassinatos por ano. Se os gays catalogados não chegam a 200 — e digamos que eles sejam 5% da população; há quem fale em 9%; não importa —, há certamente subnotificação, certo? “Ah, mas estamos falando dos crimes da homofobia…” Sei. Michês que matam seus clientes são ou não considerados “gays”? Há crimes que não estão associados à “orientação sexual” ou à “identidade de gênero”, mas a um modo de vida. Cumpre não mistificar. Mas vamos ao tal PL.

Disparates

A Lei nº 7716 é uma lei contra o racismo. Sexualidade, agora, é raça? Ora, nem a raça é “raça”, não é mesmo? Salvo melhor juízo, somos todos da “raça humana”. O racismo é um crime imprescritível e inafiançável, e entrariam nessa categoria os cometidos contra “gênero, orientação sexual e identidade de gênero.” Que diabo vem a ser “identidade de gênero”. Suponho que é o homem que se identifica como mulher e também o contrário. Ok. A lei não proíbe ninguém de se transvestir. Mas vamos seguir então.

Leiam um trecho do PL 122:

Art. 4º A Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1999, passa a vigorar acrescida do seguinte Art. 4º-A:

“Art. 4º-A Praticar o empregador ou seu preposto atos de dispensa direta ou indireta: Pena: reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco)anos.”


Art. 5º Os arts. 5º, 6º e 7º da Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1999, passam a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 5º Impedir, recusar ou proibir o ingresso ou a permanência em qualquer ambiente ou estabelecimento público ou privado, aberto ao público: Pena: reclusão de 1 (um) a 3 (três) anos.”


Para demitir um homossexual, um empregador terá de pensar duas vezes. E cinco para contratar — caso essa homossexualidade seja aparente. Por quê? Ora, fica decretado que todos os gays são competentes. Aliás, na forma como está a lei, só mesmo os brancos, machos, heterossexuais e eventualmente cristãos não terão a que recorrer em caso de dispensa. Jamais poderão dizer: “Pô, fui demitido só porque sou hétero e branco! Quanta injustiça!”. O corolário óbvio dessa lei será, então, a imposição posterior de uma cota de “gênero”, “orientação” e “identidade” nas empresas. Avancemos.

“Art. 6º Recusar, negar, impedir, preterir, prejudicar, retardar ou excluir, em qualquer sistema de seleção educacional, recrutamento ou promoção funcional ou profissional: Pena - reclusão de 3 (três) a 5 (cinco) anos. ”

Cristãos, muçulmanos, judeus etc têm as suas escolas infantis, por exemplo. Sejamos óbvios, claros, práticos: terão de ignorar o que pensam a respeito da homossexualidade, da “orientação sexual” ou da “identidade de gênero” — e a Constituição lhes assegura a liberdade religiosa — e contratar, por exemplo, alguém que, sendo João, se identifique como Joana? Ou isso ou cana?

Art. 7º A Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, passa a vigorar acrescida dos seguintes art. 8º-A e 8º-B:

“Art. 8º-B Proibir a livre expressão e manifestação de afetividade do cidadão homossexual, bissexual ou transgênero, sendo estas expressões e manifestações permitidas aos demais cidadãos ou cidadãs: Pena: reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos.”


Pastores, padres, rabinos etc. estariam impedidos de coibir a manifestação de “afetividade”, ainda que os fundamentos de sua religião a condenem. O PL 122 não apenas iguala a orientação sexual a raça como também declara nulos alguns fundamentos religiosos. É o fim da picada! Aliás, dada a redação, estaríamos diante de uma situação interessante: o homossexual reprimido por um pastor, por exemplo, acusaria o religioso de homofobia, e o religioso acusaria o homossexual de discriminação religiosa, já que estaria impedido de dizer o que pensa. Um confronto de idéias e posturas que poderia ser exercido em liberdade acaba na cadeia. Mas o Ai-5 mesmo vem agora:

“Art. 20. Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião, procedência nacional, gênero, sexo, orientação sexual e identidade de gênero:

§ 5º O disposto neste artigo envolve a prática de qualquer tipo de ação violenta, constrangedora, intimidatória ou vexatória, de ordem moral, ética, filosófica ou psicológica.”


Não há meio-termo: uma simples pregação contra a prática homossexual pode mandar um religioso para a cadeia: crime inafiançável e imprescritível. Se for servidor público, perderá o cargo. Não poderá fazer contratos com órgãos oficiais ou fundações, pagará multa… Enfim, sua vida estará desgraçada para sempre. Afinal, alguém sempre poderá alegar que um simples sermão o expôs a uma situação “psicologicamente vexatória”. A lei é explícita: um “processo administrativo e penal terá início”, entre outras situações, se houver um simples “comunicado de organizações não governamentais de defesa da cidadania e direitos humanos.” Não precisa nem ser o “ofendido” a reclamar: basta que uma ONG tome as suas dores.

A PL 122 institui o estado policial gay! E o chanceler no Mackenzie, Augustus Nicodemus Lopes, já é alvo dessa patrulha antes mesmo de essa lei ser aprovada.

O que querem os proponentes dessa aberração? Proteger os gays? Não há o risco de que aconteça o contrário? A simples altercação com um homossexual, por motivo absolutamente alheio à sua sexualidade, poderia expor um indivíduo qualquer a um risco considerável. Se o sujeito — no caso, o gay — for honesto, bem: não vai apelar à sua condição de “minoria especialmente protegida”; se desonesto — e os há, não? —, pode decidir infernizar a vida do outro. Assim, haverá certamente quem considere que o melhor é se resguardar. É possível que os empregadores se protejam de futuros dissabores, preferindo não arriscar. Esse PL empurra os gays de volta para o gueto.

Linchamento moral

O PL 122 é uma aberração jurídica, viola a liberdade religiosa e cria uma categoria de indivíduos especiais. À diferença de suas “boas intenções”, pode é contribuir para a discriminação, à medida que transforma os gays numa espécie de “perigo legal”. Os homossexuais nunca tiveram tanta visibilidade. Um gay assumido venceu, por exemplo, uma das jornadas do BBB. Cito o caso porque houve ampla votação popular. A “causa” está nas novelas. Programas de TV exibem abertamente o “beijo gay”. Existe preconceito? Certamente! Mas não será vencido com uma lei que acirra as contradições e as diferenças em vez de apontar para um pacto civilizado de convivência. Segundo as regras da democracia, há, sim, quem não goste dessa exposição e se mobiliza contra ela. É do jogo.

Ninguém precisa de uma “lei” especial para punir aqueles delinqüentes da Paulista. Eles não estão fora da cadeia (ou da Fundação Casa) porque são heterossexuais, e sua vítima, homossexual. A questão, nesse caso, infelizmente, é muito mais profunda e diz muito mais sobre o Brasil profundo: estão soltos por causa de um preconceito social. Os homossexuais que foram protestar na Paulista movidos pela causa da “orientação sexual” reduziram a gravidade do problema.

Um bom caminho para a liberdade é não linchar nem física nem moralmente aqueles de quem não gostamos ou com quem não concordamos. Seria conveniente que os grupos gays parassem de quebrar lâmpadas na cabeça de Augustus Nicodemus Lopes, o chanceler do Mackenzie. E que não colocassem com tanta vontade uma corda no próprio pescoço sob o pretexto de se proteger. Mas como iluminar minimamente a mentalidade de quem troca o pensamento pela militância?
 
 

 

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Imitando os Nossos Anciãos


                                        Dr. Guy Prentiss Waters é professor de Novo Testamento no Reformed Theological Seminary em Jackson, Mississippi. Ele é autor do livro How Jesus Runs the Church.
O antigo filósofo grego Sócrates é regularmente citado como tendo dito: "Os filhos hoje amam o luxo; não têm boas maneiras, menosprezam as autoridades; desrespeitam os mais velhos e dão preferência às conversas ao invés de exercitarem-se. Os filhos hoje são tiranos e não servos de seus lares. Eles já não levantam-se quando os mais velhos entram na sala. Eles contradizem seus pais, tagarelam diante das visitas, devoram as guloseimas à mesa, cruzam as pernas e tiranizam seus professores". A citação acima é certamente apócrifa, mas ela ressoa com a experiência humana das gerações. Ao longo da história, as gerações mais velhas olharam por cima de seus óculos com reprovação em relação aos valores e o caráter da geração mais jovem.
A Escritura nos adverte aqui: "Jamais digas: Por que foram os dias passados melhores do que estes? Pois não é sábio perguntar assim". (Eclesiastes 7:10). Os cristãos não devem ceder à tentação de romantizar o passado ou demonizar o presente. Nós servimos a Deus em nossos dias, convencidos de que ele nos chamou para esta geração e não para outra (1 Coríntios 7:17). Estamos certos de que ele dá ordens soberanamente não apenas no que diz respeito aos assuntos dos reis e nações (Provérbios 21:1; Jeremias 1:10), mas até mesmo sobre o lançar de sortes (Provérbios 16:33) e sobre as vidas dos pardais (Mateus 10:29).
Para servir ao Senhor de forma eficaz em nossos dias, no entanto, é preciso "entender os tempos" em que vivemos (1 Crônicas 12:32). Quando fazemos isso, nós encontramos algumas diferenças surpreendentes no Ocidente entre as gerações passadas e a geração atual. Uma diferença em particular é muito difundida e preocupante. As gerações anteriores eram conhecidas por um comprometimento com o trabalho árduo em detrimento da satisfação imediata – basta pensar nos homens e mulheres que vieram da época da Grande Depressão e da Segunda Guerra Mundial. A geração atual, no entanto, é conhecida por seu apego quase religioso à satisfação instantânea.
Esse apego tornou-se especialmente evidente em uma área da vida– finanças pessoais. A dívida do consumidor inflou; os gráficos da dívida do consumidor entre a Segunda Guerra Mundial e o tempo presente mostram uma linha que se move de forma constante e, em seguida, cresce acentuadamente. Os americanos estão pedindo mais emprestado, gastando mais e poupando menos. Os relatórios indicam que a recente recessão amorteceu o aumento da dívida das famílias em algum grau. Mas alguns analistas dizem que essa tendência pode ser devido à maior relutância das instituições financeiras em emprestar do que de qualquer disciplina recém-descoberta por parte daqueles que fazem o empréstimo.
A que podemos atribuir essa explosão do endividamento pessoal? Podemos certamente destacar a proliferação de cartões de crédito, hipotecas e empréstimos para casa própria na metade do século passado. No entanto, esses são apenas os sintomas, a causa está enraizada no caráter. Sinclair Ferguson uma vez mencionou o slogan de um dos primeiros cartões de crédito (Access) introduzido no Reino Unido há mais de uma geração atrás: "Elimina a espera do querer". Ao invés de poupar dinheiro durante um tempo para fazer uma compra, agora somos capazes de inverter essa ordem — compramos agora e pagamos depois. O problema é que a proliferação de crédito nos permite comprar sem pensar em como vamos pagar, e com cada vez menos restrições aos nossos impulsos. Esta geração tem mais coisas e aspira a um padrão de vida que seus bisavós ficariam corados. Porém, a trágica ironia é que esta geração nem ao menos consegue pagar as bugigangas que tem.
Acompanhando essa tendência, tem havido uma mudança de geração para geração nas atitudes com relação às ofertas.. Em um artigo recente, Tony Cartledge mostra que as estatísticas indicam que quanto mais jovem se é, menos se oferta na igreja, proporcionalmente à renda que se tem. Cartledge cita duas igrejas cujos membros mais velhos desproporcionalmente garantiram as despesas da congregação, e sugere que estes não são casos isolados. Ele levanta questões sobre como ficará a oferta da igreja depois que esses membros idosos falecerem.
O que devemos fazer a respeito dessas coisas? Em primeiro lugar, não devemos esquecer que muitos ainda trabalham arduamente, em silêncio, economizam para o seu futuro e o futuro de seus filhos, ofertam generosamente e vivem dentro de suas possibilidades. Em segundo lugar, as diferenças que observamos entre as gerações passada e atual não advêm do fato de que as gerações passadas foram todas cristãs. Obviamente, elas não foram. Essas gerações, no entanto, deixaram como legado valores que foram impressos com a sabedoria bíblica. Então, quais ensinamentos bíblicos informam esses valores específicos?
A Escritura está repleta de conselhos para nós sobre o trabalho árduo, a poupança de nossos ganhos, a restrição de nossos impulsos de assumir dívidas e gastos e a oferta generosa. Os Provérbios, por exemplo, nos convidam a ver estes princípios no mundo que nos rodeia. Assim como a formiga é um retrato do trabalho árduo (Provérbios 6:6), o preguiçoso é um alerta sobre as consequências deste mundo resultantes da preguiça e da indolência (24:30-35). Na providência de Deus, o trabalho árduo—e não as "buscas inúteis" ou a "pressa para ficar rico"—é o caminho para a riqueza (28:19-20; ler 10:04). Da mesma forma, as Escrituras nos advertem contra o endividamento (22:7; Romanos 13:8), enquanto elas enfatizam que o homem sábio poupa o "tesouro desejável e o óleo" que o tolo "desperdiça" (Provérbios 21:20). Na verdade, os gastos sem controle, alimentados por um desejo de ter mais coisas, levam à pobreza (v. 17). Somos chamados não somente para poupar os nossos ganhos, mas também para dar generosamente aos necessitados (19:17, 22:09; Eclesiastes 11:1). Geralmente, o ofertar é o caminho para a benção neste mundo, mas a mesquinhez leva à maldição (Provérbio 28:27).
Esses princípios são bíblicos e, em muitos casos, podem ser percebidos na própria criação. Como, então, podemos explicar os tipos de mudanças culturais que observamos acima? Por que é que muitos deixaram de lado essas verdades? A resposta é finalmente encontrada no poder do pecado e na impotência da lei para renovar o coração. O coração do incrédulo não tem amor a Deus ou à sua lei (Romanos 8:7). É impulsionado em sua essência pelo interesse egoísta que passa por cima dos mandamentos de Deus, um fato lamentavelmente ilustrado no primeiro pecado de Eva (Gênesis 3:6). Os comportamentos sobre os quais estamos falando resultam, em muitos casos, precisamente do egoísmo não controlado nem por restrições internas nem externas.
A tragédia desta situação é ressaltada pelo fato de que as estatísticas, os exemplos e os princípios saudáveis de finanças não têm poder em si mesmos para transformar uma pessoa de dentro para fora. Como igreja de Cristo, desejamos uma renovação profunda e duradoura que resultará em um envolvimento sincero com esses princípios que Deus nos tem dado para o nosso bem. Simplesmente lembrar os mais jovens sobre a moderação financeira de seus avós ou as consequências a longo prazo dos gastos desenfreados, não é suficiente.
Este tipo de renovação só acontece por meio do evangelho de Jesus Cristo. Ele anuncia que Jesus veio a este mundo para redimir os pecadores, mesmo aqueles que cometeram graves pecados financeiros. Ao converter-se do pecado e crer em Cristo como ele é oferecido no evangelho, as pessoas começam a experimentar a nova vida que ele comprou através de sua vida e morte, e livremente a dá para aqueles que não merecem. Essa vida, a Escritura enfatiza, é centrada em Deus e voltada para o próximo, e é um pedaço do futuro glorioso que pertence a todos os crentes em Cristo.
Uma das coisas maravilhosas sobre o evangelho é que, enquanto chega até nós em palavras, ele também é visível na prática nas vidas dos nossos irmãos, especialmente os mais antigos na fé. É por isso que Paulo pode dizer: "Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo" (1 Coríntios. 11:1). É por isso que os anciãos, cujas qualificações incluem a integridade financeira (ler 1 Timóteo 3:1-7), devem ser exemplos para o rebanho (1 Pedro 5:3). É por isso que Paulo cobra Tito de que as mulheres mais velhas devem treinar as mulheres mais jovens "no que é bom... a amarem o marido e seus filhos, a serem sensatas, honestas, boas donas de casa, bondosas, submissas ao marido, para que a palavra de Deus não seja difamada". (Tito 2:3-5).
Como, então, as gerações mais velhas na igreja podem nutrir esses princípios que vão contra a cultura nas gerações mais jovens? Uma das coisas mais importantes que os crentes mais velhos e maduros podem fazer é lembrar os crentes mais jovens de nossas riquezas presentes em Cristo e a glória que nos espera. Eles devem ser modelos de como viver o presente à luz destas realidades futuras. Eles podem mostrar-lhes que a santidade tem valor para a vida presente (1 Timóteo 4:8), e que o evangelho traz significado e propósito aos nossos esforços neste mundo (1 Coríntios. 15:58). Em um mundo que assume o conflito de gerações, que testemunho convincente seria se os idosos e jovens pudessem ser testemunhas unidas, em palavras e em atos, do evangelho de Jesus Cristo que transforma vidas.
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