Reinaldo Azevedo defende Augustus Nicodemus Lopes, da Universidade
Mackenzie
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Autor: Julio Severo
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Bíblia, Poesias, Paródias e o que mais me interessar! Deus é o perfeito poeta, que atua nas suas próprias criações. Robert Browning.
Alegrei-me quando me disseram: Vamos á casa do SENHOR.
Salmos 122:1
Salmos 122:1
quarta-feira, 31 de julho de 2013
GAYS X UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE
segunda-feira, 22 de julho de 2013
Imitando os Nossos Anciãos
Dr. Guy Prentiss
Waters é professor de Novo Testamento no Reformed Theological Seminary em
Jackson, Mississippi. Ele é autor do livro How Jesus Runs the Church.
O antigo filósofo grego Sócrates é regularmente citado como tendo dito:
"Os filhos hoje amam o luxo; não têm boas maneiras, menosprezam as
autoridades; desrespeitam os mais velhos e dão preferência às conversas ao
invés de exercitarem-se. Os filhos hoje são tiranos e não servos de seus lares.
Eles já não levantam-se quando os mais velhos entram na sala. Eles contradizem
seus pais, tagarelam diante das visitas, devoram as guloseimas à mesa, cruzam
as pernas e tiranizam seus professores". A citação acima é certamente
apócrifa, mas ela ressoa com a experiência humana das gerações. Ao longo da história,
as gerações mais velhas olharam por cima de seus óculos com reprovação em
relação aos valores e o caráter da geração mais jovem.
A Escritura nos
adverte aqui: "Jamais digas: Por que foram os dias passados melhores do
que estes? Pois não é sábio perguntar assim". (Eclesiastes 7:10). Os
cristãos não devem ceder à tentação de romantizar o passado ou demonizar o
presente. Nós servimos a Deus em nossos dias, convencidos de que ele nos chamou
para esta geração e não para outra (1 Coríntios 7:17). Estamos certos de que
ele dá ordens soberanamente não apenas no que diz respeito aos assuntos dos
reis e nações (Provérbios 21:1; Jeremias 1:10), mas até mesmo sobre o lançar de
sortes (Provérbios 16:33) e sobre as vidas dos pardais (Mateus 10:29).
Para servir ao Senhor
de forma eficaz em nossos dias, no entanto, é preciso "entender os
tempos" em que vivemos (1 Crônicas 12:32). Quando fazemos isso, nós
encontramos algumas diferenças surpreendentes no Ocidente entre as gerações
passadas e a geração atual. Uma diferença em particular é muito difundida e
preocupante. As gerações anteriores eram conhecidas por um comprometimento com
o trabalho árduo em detrimento da satisfação imediata – basta pensar nos homens
e mulheres que vieram da época da Grande Depressão e da Segunda Guerra Mundial.
A geração atual, no entanto, é conhecida por seu apego quase religioso à
satisfação instantânea.
Esse apego tornou-se
especialmente evidente em uma área da vida– finanças pessoais. A dívida do
consumidor inflou; os gráficos da dívida do consumidor entre a Segunda Guerra
Mundial e o tempo presente mostram uma linha que se move de forma constante e,
em seguida, cresce acentuadamente. Os americanos estão pedindo mais emprestado,
gastando mais e poupando menos. Os relatórios indicam que a recente recessão
amorteceu o aumento da dívida das famílias em algum grau. Mas alguns analistas
dizem que essa tendência pode ser devido à maior relutância das instituições
financeiras em emprestar do que de qualquer disciplina recém-descoberta por
parte daqueles que fazem o empréstimo.
A que podemos
atribuir essa explosão do endividamento pessoal? Podemos certamente destacar a
proliferação de cartões de crédito, hipotecas e empréstimos para casa própria
na metade do século passado. No entanto, esses são apenas os sintomas, a causa
está enraizada no caráter. Sinclair Ferguson uma vez mencionou o slogan de um
dos primeiros cartões de crédito (Access) introduzido no Reino Unido há mais de
uma geração atrás: "Elimina a espera do querer". Ao invés de poupar
dinheiro durante um tempo para fazer uma compra, agora somos capazes de
inverter essa ordem — compramos agora e pagamos depois. O problema é que a
proliferação de crédito nos permite comprar sem pensar em como vamos pagar, e
com cada vez menos restrições aos nossos impulsos. Esta geração tem mais coisas
e aspira a um padrão de vida que seus bisavós ficariam corados. Porém, a
trágica ironia é que esta geração nem ao menos consegue pagar as bugigangas que
tem.
Acompanhando essa
tendência, tem havido uma mudança de geração para geração nas atitudes com
relação às ofertas.. Em um artigo recente, Tony Cartledge mostra que as
estatísticas indicam que quanto mais jovem se é, menos se oferta na igreja,
proporcionalmente à renda que se tem. Cartledge cita duas igrejas cujos membros
mais velhos desproporcionalmente garantiram as despesas da congregação, e
sugere que estes não são casos isolados. Ele levanta questões sobre como ficará
a oferta da igreja depois que esses membros idosos falecerem.
O que devemos fazer a
respeito dessas coisas? Em primeiro lugar, não devemos esquecer que muitos
ainda trabalham arduamente, em silêncio, economizam para o seu futuro e o
futuro de seus filhos, ofertam generosamente e vivem dentro de suas
possibilidades. Em segundo lugar, as diferenças que observamos entre as gerações
passada e atual não advêm do fato de que as gerações passadas foram todas
cristãs. Obviamente, elas não foram. Essas gerações, no entanto, deixaram como
legado valores que foram impressos com a sabedoria bíblica. Então, quais
ensinamentos bíblicos informam esses valores específicos?
A Escritura está
repleta de conselhos para nós sobre o trabalho árduo, a poupança de nossos
ganhos, a restrição de nossos impulsos de assumir dívidas e gastos e a oferta
generosa. Os Provérbios, por exemplo, nos convidam a ver estes princípios no
mundo que nos rodeia. Assim como a formiga é um retrato do trabalho árduo
(Provérbios 6:6), o preguiçoso é um alerta sobre as consequências deste mundo
resultantes da preguiça e da indolência (24:30-35). Na providência de Deus, o
trabalho árduo—e não as "buscas inúteis" ou a "pressa para ficar
rico"—é o caminho para a riqueza (28:19-20; ler 10:04). Da mesma forma, as
Escrituras nos advertem contra o endividamento (22:7; Romanos 13:8), enquanto
elas enfatizam que o homem sábio poupa o "tesouro desejável e o óleo"
que o tolo "desperdiça" (Provérbios 21:20). Na verdade, os gastos sem
controle, alimentados por um desejo de ter mais coisas, levam à pobreza (v.
17). Somos chamados não somente para poupar os nossos ganhos, mas também para
dar generosamente aos necessitados (19:17, 22:09; Eclesiastes 11:1).
Geralmente, o ofertar é o caminho para a benção neste mundo, mas a mesquinhez
leva à maldição (Provérbio 28:27).
Esses princípios são
bíblicos e, em muitos casos, podem ser percebidos na própria criação. Como,
então, podemos explicar os tipos de mudanças culturais que observamos acima?
Por que é que muitos deixaram de lado essas verdades? A resposta é finalmente
encontrada no poder do pecado e na impotência da lei para renovar o coração. O
coração do incrédulo não tem amor a Deus ou à sua lei (Romanos 8:7). É
impulsionado em sua essência pelo interesse egoísta que passa por cima dos
mandamentos de Deus, um fato lamentavelmente ilustrado no primeiro pecado de
Eva (Gênesis 3:6). Os comportamentos sobre os quais estamos falando resultam,
em muitos casos, precisamente do egoísmo não controlado nem por restrições
internas nem externas.
A tragédia desta
situação é ressaltada pelo fato de que as estatísticas, os exemplos e os
princípios saudáveis de finanças não têm poder em si mesmos para transformar
uma pessoa de dentro para fora. Como igreja de Cristo, desejamos uma renovação
profunda e duradoura que resultará em um envolvimento sincero com esses
princípios que Deus nos tem dado para o nosso bem. Simplesmente lembrar os mais
jovens sobre a moderação financeira de seus avós ou as consequências a longo
prazo dos gastos desenfreados, não é suficiente.
Este tipo de
renovação só acontece por meio do evangelho de Jesus Cristo. Ele anuncia que
Jesus veio a este mundo para redimir os pecadores, mesmo aqueles que cometeram
graves pecados financeiros. Ao converter-se do pecado e crer em Cristo como ele
é oferecido no evangelho, as pessoas começam a experimentar a nova vida que ele
comprou através de sua vida e morte, e livremente a dá para aqueles que não
merecem. Essa vida, a Escritura enfatiza, é centrada em Deus e voltada para o
próximo, e é um pedaço do futuro glorioso que pertence a todos os crentes em
Cristo.
Uma das coisas
maravilhosas sobre o evangelho é que, enquanto chega até nós em palavras, ele
também é visível na prática nas vidas dos nossos irmãos, especialmente os mais
antigos na fé. É por isso que Paulo pode dizer: "Sede meus imitadores,
como também eu sou de Cristo" (1 Coríntios. 11:1). É por isso que os
anciãos, cujas qualificações incluem a integridade financeira (ler 1 Timóteo
3:1-7), devem ser exemplos para o rebanho (1 Pedro 5:3). É por isso que Paulo
cobra Tito de que as mulheres mais velhas devem treinar as mulheres mais jovens
"no que é bom... a amarem o marido e seus filhos, a serem sensatas,
honestas, boas donas de casa, bondosas, submissas ao marido, para que a palavra
de Deus não seja difamada". (Tito 2:3-5).
Como, então, as
gerações mais velhas na igreja podem nutrir esses princípios que vão contra a
cultura nas gerações mais jovens? Uma das coisas mais importantes que os
crentes mais velhos e maduros podem fazer é lembrar os crentes mais jovens de
nossas riquezas presentes em Cristo e a glória que nos espera. Eles devem ser
modelos de como viver o presente à luz destas realidades futuras. Eles podem
mostrar-lhes que a santidade tem valor para a vida presente (1 Timóteo 4:8), e
que o evangelho traz significado e propósito aos nossos esforços neste mundo (1
Coríntios. 15:58). Em um mundo que assume o conflito de gerações, que
testemunho convincente seria se os idosos e jovens pudessem ser testemunhas
unidas, em palavras e em atos, do evangelho de Jesus Cristo que transforma
vidas.
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