Disse Jesus: “Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, onde os ladrões não minam nem roubam” (Mateus 6:20).
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Consumismo é algo que causa controvérsias, porque
ao mesmo tempo que as pessoas têm necessidades, muitas vezes adquire-se coisas
por puro desejo e capricho. Para se obter certo status. A sociedade cria uma
cultura que é importante, é bom ter algo que o outro não tem, ser o único a ter
certo objeto. Este por sua vez, passa a ser desejado por outras pessoas que não
podem ter.
Há uma relação de concorrência, e o bom não é ter
algo que você precisa, ou por que é útil, mas sim algo que os outros desejam
ter. Por ser desejado por outros esse objeto tem mais valor. Isso cria um
sentimento de inveja no outro. O sentimento de rivalidade que estimula a fazer
qualquer coisa para ter o que outro tem, para imitá-lo ou mesmo excedê-lo. Ser
mais do que o outro ao adquirir algo, que será desejado por mais pessoas.
Os meios de comunicação como a televisão, outdoors,
entre outros são muito relevantes para a expansão do consumismo exacerbado.
Esta indústria da publicidade utiliza diversos métodos e estratégias para fazer
com que o consumidor compre frequentemente; tem como objetivo criar num
possível consumidor um descontentamento com aquilo que ele tem. Com isso, ele
passará a consumir mais, porque não está satisfeito com o que tem, é pouco, ele
precisa cada vez mais de algo melhor.
Um fato importante é que por trás do consumo e
ostentação, está a busca de status social e econômico, além de poder preencher
um vazio interior, uma busca constante de reconhecimento do outro e de si
mesmo. A busca pela autoestima perdida.
Na sociedade atual para ser é preciso ter aquilo
que é oferecido, desejado pelos meios de comunicação como algo bom e necessário
a qualquer custo. Somos o que temos.
Necessidade versus desejos. O capitalismo confunde
as pessoas, pois gira em torno de que não é suficiente satisfazer somente as
necessidades vitais, é necessário satisfazer os desejos.
O que percebemos nisso tudo é que desequilíbrios
como a exclusão social e ecológica são problemas muito pequenos diante da
obsessão do consumo na sociedade contemporânea.
É preocupante concluir que os humanos estão cada
vez mais envolvidos, com essa cultura do ter, para sobreviver. Criando até
mesmo nas crianças esse absurdo, obsceno consumismo “sem causa.”
Vemos o tempo inteiro as pessoas desejarem o que o
outro tem, e isso vem causando consequências graves para o convívio em sociedade.
Existe uma relação muito grande entre o consumismo e a violência nas cidades, a
ganância, o desejo de ganhar mais e mais. Não existe um contentamento, quanto
mais se tem, mas se quer ter.
É necessário rever os valores, as prioridades da
nossa sociedade. Levar em consideração que pessoas são mais importantes do que
coisas, a nossa vida deve ser avaliada não pelo ter determinado objeto de
desejo de outro, mas pelos relacionamentos que mantemos uns com os outros. A
vida em sociedade não deve ser centrada na inveja, na concorrência, mas sim na
relação, na comunhão entre os seres humanos.
Sentimentos como inveja, desejo de ser maior ou
melhor do que o outro são contrários a Palavra de Deus, Jesus não faz acepção
de pessoas, Ele não divide as pessoas por aquilo que elas têm, ao contrário Ele
veio para unir. O consumismo divide as pessoas, é preconceituoso, não aceita a
todos. Mas o princípio de Deus é a união, a igualdade. Aos olhos do Senhor
todos são iguais e importantes. Nós, cristãos, precisamos abrir nossos olhos
para a sutileza do sistema capitalista que o mundo vivencia e não cairmos nas
ciladas do inimigo, que nos leva a pecar contra os princípios a Palavra de
Deus, ao darmos o primeiro passo para o consumismo exacerbado. Lembre-se, tudo
começa com pequenas concessões. Fique atento!
Deus abençoe!
:: Nicibel Silva
E-mail: niceletras@gmail.com
Fonte: http://www.lagoinha.com/ibl-vida-crista/a-ostentacao-por-tras-do-consumismo/
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